Um outro mundo é possível

Apesar de ser ideologicamente de esquerda, eu nunca fui filiado a um partido e um dos principais motivos é o sectarismo que separam esses grupos. Não entendo o porquê dos partidos não entenderem que as forças que unem o povo são mais fortes do que as que separam.
Citando o exemplo do Brasil, partidos com o PSOL, PCB, PCO, PSTU e alguns setores do PT deveriam estar juntos. O desejo de mudança é o mesmo entre todos esses grupos e outros movimentos sociais.
O que une todos esses grupos é a insatisfação com toda a lógica do capitalismo, que gera opressão para a maior parte da população e os privilégios para a elite dominante, que existem antes mesmo do sistema capitalista.
A separação é apenas no método que acreditamos para as mudanças. Mas, a meu ver, não precisa de briga entre nós, de esquerda. O que devemos é justamente debater esses métodos para melhorar o mundo. Um debate franco e aberto, mas com todos unidos por um mundo melhor.
Tenho lido sobre o Fórum Social Mundial, que é realizado desde 2001 e é justamente um espaço para debater todos esses métodos de mudança. Todo mundo tem voz e vez. É um grande debate entre todos os grupos que desejam um mundo melhor e buscam soluções.
O lema é “Um outro mundo é possível”. E é! Desde que todos os oprimidos se unam e tomem o poder. Malcom X já chegou à conclusão de que o caminho para as mudanças que são necessárias é o povo entender que os que sofrem com a opressão no mundo é maioria.
É essa a saída. Quem ganha com a separação dos grupos de esquerda são os opressores. Eu acredito em uma revolução complexa em todos os setores, que começaria com o combate ao racismo, o primeiro e o maior de todos os problemas sociais.
Pensando assim, eu não me vejo distante dos grupos mais ou menos radicais de esquerda. Prefiro vê-los no poder, do que abrir qualquer espaço para a continuidade do capitalismo, da globalização hegemônica e do pós-colonialismo.