As infinitas perguntas da profissão de pesquisador

Um diploma é apenas um método encontrado, para manter alguma ordem na ciência. A ciência, porém, é algo complexo e, desorganizado por si só.
No fim das contas, o diploma é o que menos interessa para o seu conhecimento. Aliás, o que é conhecimento científico?
Quem entra para a ciência tem a vocação de fazer questões infinitas e entende que você é o resultado de milhões de processos que já foram descobertos e outros milhões que ainda serão descobertos.
Entende, por isso, que você ainda não sabe de nada e nem saberá. “Donos da verdade” e “Donos de diplomas” não cabem nas ciências.
Quem não consegue entender isso, não deve se dedicar a ciência.
Novos paradigmas virão, novas comprovações científicas virão e todo o trabalho de um bom cientista servirá apenas de base para novas pesquisas e novos questionamentos.
E o conhecimento é infinito, ele está em todos nós, assim como não está em ninguém.
Hoje, aluno de doutorado e com uma entidade bancando para que eu seja um pesquisador, eu posso me apresentar socialmente como um pesquisador.
Todavia, a essência de pesquisador já estava na personalidade muito antes e era demonstrada nas inúmeras perguntas que eu fazia ao meu pai. Naquela época de criança, ele era a resposta de todas as perguntas, por isso, eu não cansava de fazer perguntas para ele.
Hoje, ainda não cansei-me de fazer perguntas, mas agora, além do meu pai, tem livros, músicas e as demais pessoas do mundo para responder.
Quando eu achar que já fiz todas as perguntas, não é porque eu respondi algo, mas é simplesmente porque chegou a hora da minha aposentadoria, de uma profissão que iniciei na infância.
Será isso mesmo? Por que?